sexta-feira, 29 de setembro de 2017

SEXTA - FEIRA AZUL




Nas louças junto com o branco, no móveis, nas paredes, nas mesas postas, nos tecidos, 
nos detalhes...tudo é AZUL!





Fotos via Instagram: vaniascalamandredecor, williamssonomahome, boxwoodandlavender, botticellihouse, la_table_de_giselle, nananikolaidou, palmira_decoration, loja_1_pouco_de_tudo, michellenussbaumer.



quinta-feira, 28 de setembro de 2017

QUINTA DE POESIA


Hoje posto outra vez esta poesia de Anna Mariano, na semana que ela lançou seu segundo romance, "Pra Amanhecer Ontem". Já comecei a leitura e acho que vai ser como seu primeiro, "Atado de Ervas", um livro que não se quer largar!





           Canção para me entender

No bolso esquerdo, levo uma tristeza
que se agita, andorinha, quando escrevo.
No entanto, juro, sou alegre e rio
tanto e mais,  sempre que me atrevo.
          
No amor, dizem, sou incongruente.
Mas amo. Amo sempre, esperançosa,
reincidente abelha, amo industriosa,
em dias alternados, amo insistente.

Dos abraços, rápidos marinheiros,
ficam no ar algumas formas breves,
um revoar de plumas, travesseiros.
Mas é de chumbo e sal o peso deles.

A exatidão do mundo perco, minuciosa.
Guardo apenas, em meus olhos desatentos,
imprevistas surpresas de janela
e essa inocência de menina à espera.


Ana Mariano
“Olhos de Cadela”
L&PM 2006





 Foto: Carin Mandelli



quarta-feira, 27 de setembro de 2017

GUARDANAPO



Composição de dois guardanapos com argola de prata e uma rosinha natural.


Adorei esta crônica do professor Cláudio Moreno  sobre o guardanapo, sua etimologia e alguns fatos interessantes sobre sua origem e história. Atualmente o guardanapo tem além de suas funções práticas, um papel importante na decoração de uma mesa. Ele pode ser usado ( no sentido decorativo!) de muitas maneiras e compondo com vários elementos. Uma argola, uma dobradura, uma flor ou outro detalhe faz com que ele se torne um elemento muito importante na beleza de uma mesa bem posta!

 Guardanapo

Às vezes a pergunta vem de tão pertinho que não acho justo deixá-la na fila: meu filho Matias, que é um dos ases da cozinha do Chicafundó, de Porto Alegre, manda mensagem por Whatsapp: “Pai, estávamos discutindo aqui no restaurante e surgiu uma dúvida que só tu podes resolver: o que é que o guardanapoguarda?”. Descontando o “só tu”, que é evidente exagero filial, gostei muito da pergunta, porque vem lembrar que o interesse pelas palavras, assim como os deuses de Heráclito, pode se manifestar em qualquer lugar.
Como a pergunta revela, vocês identificaram corretamente a ocorrência aqui de um composto do verboguardar, como tantos outro de nosso idioma. Alguns estudiosos, subindo muito alto no afã de enxergar mais longe, pensam encontrar a origem do termo no nosso velho Latim; de minha parte, prefiro, como fez Bluteau, ver em guardanapo um empréstimo do Francês, língua a que devemos tantos vocábulos no campo da culinária, do requinte e do conforto. Embora os súditos de Macron usem atualmente o termo serviette para designá-lo, seu nome antigo era gardenappe (no It., guardanappa), vocábulo formado por garder(“guardar, proteger”) e nappe (“toalha de mesa”).
Para entender essa etimologia, é necessário relembrar alguns detalhes pitorescos da história dos nossos hábitos à mesa: exceto as sopas, é claro, que demandavam a colher, comia-se tudo com a mão, o que resultava, como diria minha vó, numa inevitável lambança. Aliás, na Crônica da Ordem dos Frades Menores(1557), no capítulo que trata da etiqueta à mesa, recomenda-se que aquele que assoa o nariz na mão ou “se coça com sua mão nua” tome cuidado na hora de estender esta mão abençoada para os alimentos dos outros; e que não encoste o pão ao peito para cortá-lo, e que − prática considerada “cousa suja e vil” − não esfregue os dentes nos panos da mesa. Acrescentem a essas mãos sujas as grandes barbas e os longos bigodes, como era o uso da época, e teríamos uma sinfonia de imundícies, não fossem tomadas algumas precauções indispensáveis de higiene.
Uma delas eram as pequenas bacias de prata com água perfumada, para limpar os dedos, a boca e o que mais a decência permitisse; a outra era o guardanapo, uma espécie de descanso circular de prata, de estanho, de couro ou de vime trançado,  sobre o qual se punha, na mesa, o vinho, a água, o pão (no início) e mais tarde o próprio prato, para proteger a toalha de possíveis manchas. O passo seguinte foi transformá-lo numa “toalha pequena, que cada pessoa estende desde baixo do seu prato até os joelhos, ou sobre eles somente, para lhe não cair sobre os calções, ou para se limpar” (a definição é do dicionário de Bluteau, de 1728). Não é por acaso que os ingleses o chamem de napkin, que também deriva do Francês nappe mais o sufixo diminutivo –kin − literalmente, portanto, uma “toalhinha”.



ALGUMAS DOBRADURAS

Formato de pirâmide
 
Coroa do Rei



Dobradura Diamante

Cone

Bolsa de Talheres Plissada



OS GUARDANAPOS NA MINHA MESA

Duas cores com argola de palha
Com argola de passarinho
Argola de "soutache"
Com uma argola rústica de cipó.
Argola indiana
No Natal, guirlanda de folhinhas de vidro
Um coração de zinco no Dia dos Namorados
De novo a argola do passarinho
No Natal, para um serviço americano, uma coroa para dar charme!
Dobradura simples
Aqui os guardanapos viraram jogos americanos.
Uma borla dourada e dois tipos de guardanapo
Para uma refeição informal, os copos receberam os guardanapos!
Guardanapos como base para um enfeite feito de amendoas com açúcar.
Flores naturais compondo com uma dobradura
Só uma laçada de fita
Em formato de coelho para a Páscoa.
Sob os pratos.
Fazendo parte da decoração praiana
Um coração de metal no lugar da argola.
Outro coração!
Uma flor de seda
Dobradura Flor de Liz




Fotos: minhas, TokStok, Constance Zahn