quinta-feira, 4 de julho de 2013

QUINTA DE POESIA







           INDELÉVEL

Foi aquele um amor primeiro
Que marcou um tempo todo
E tingiu meu coração prá sempre
Como vinho na toalha
O sangue no lençol
A canção na memória
O perfume daquela flor e o teu
Como impressas páginas
De vívidas imagens
Da cor dos teus olhos
O desenho de tuas íris
Do teu rosto, do teu corpo
E tuas mãos
Mancha indelével, marca, cicatriz
Que se inscreve e que fácil se encontra
Quando se volta à lembrança do sentir
Que uma vez era o navegar no escuro
O cantar de um som tão puro
Que parecia dizer que a vida era
Só uma história de final insuspeitado


Foi aquele um amor primeiro
Que mostrou ao coração
Como a dizer é fácil
Olha bem nos olhos dela
Que prá sempre tu verás
O que ela viu da tua alma
O que ela sentiu dos teus olhos
Que deixaram também nela
Num canto especial do coração
Uma mancha
Indelével marca
Cicatriz.


Paulo Corrêa Meyer




  Foto: Lou Borghetti (casco do navio Bernardino Caballero)

Um comentário:

Anônimo disse...

Great pick of a pic.
Thanks!