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Composição de dois guardanapos com argola de prata e uma rosinha natural. |
Adorei esta crônica do professor
Cláudio Moreno sobre o guardanapo, sua etimologia e alguns fatos interessantes sobre sua origem e história. Atualmente o guardanapo tem além de suas funções práticas, um papel importante na decoração de uma mesa. Ele pode ser usado ( no sentido decorativo!) de muitas maneiras e compondo com vários elementos. Uma argola, uma dobradura, uma flor ou outro detalhe faz com que ele se torne um elemento muito importante na beleza de uma mesa bem posta!
Guardanapo
Às vezes a pergunta vem de tão pertinho
que não acho justo deixá-la na fila: meu filho Matias, que é um dos ases da
cozinha do Chicafundó, de Porto Alegre, manda mensagem por Whatsapp: “Pai,
estávamos discutindo aqui no restaurante e surgiu uma dúvida que só tu podes
resolver: o que é que o guardanapoguarda?”. Descontando
o “só tu”, que é evidente exagero filial, gostei muito da pergunta, porque vem
lembrar que o interesse pelas palavras, assim como os deuses de Heráclito, pode
se manifestar em qualquer lugar.
Como a pergunta revela, vocês
identificaram corretamente a ocorrência aqui de um composto do verboguardar, como tantos outro de
nosso idioma. Alguns estudiosos, subindo muito alto no afã de enxergar mais
longe, pensam encontrar a origem do termo no nosso velho Latim; de minha parte,
prefiro, como fez Bluteau, ver em guardanapo um empréstimo do
Francês, língua a que devemos tantos vocábulos no campo da culinária, do
requinte e do conforto. Embora os súditos de Macron usem atualmente o termo serviette para designá-lo, seu
nome antigo era garde–nappe (no It., guardanappa), vocábulo formado
por garder(“guardar, proteger”)
e nappe (“toalha de mesa”).
Para entender essa etimologia, é
necessário relembrar alguns detalhes pitorescos da história dos nossos hábitos
à mesa: exceto as sopas, é claro, que demandavam a colher, comia-se tudo com a
mão, o que resultava, como diria minha vó, numa inevitável lambança. Aliás, na Crônica
da Ordem dos Frades Menores(1557), no capítulo que trata da
etiqueta à mesa, recomenda-se que aquele que assoa o nariz na mão ou “se coça
com sua mão nua” tome cuidado na hora de estender esta mão abençoada para os
alimentos dos outros; e que não encoste o pão ao peito para cortá-lo, e que −
prática considerada “cousa suja e vil” − não esfregue os dentes nos panos da
mesa. Acrescentem a essas mãos sujas as grandes barbas e os longos bigodes,
como era o uso da época, e teríamos uma sinfonia de imundícies, não fossem
tomadas algumas precauções indispensáveis de higiene.
Uma delas eram as pequenas bacias de
prata com água perfumada, para limpar os dedos, a boca e o que mais a decência
permitisse; a outra era o guardanapo, uma espécie de
descanso circular de prata, de estanho, de couro ou de vime trançado,
sobre o qual se punha, na mesa, o vinho, a água, o pão (no início) e mais
tarde o próprio prato, para proteger a toalha de possíveis manchas. O passo
seguinte foi transformá-lo numa “toalha pequena, que cada pessoa estende desde
baixo do seu prato até os joelhos, ou sobre eles somente, para lhe não cair
sobre os calções, ou para se limpar” (a definição é do dicionário de Bluteau,
de 1728). Não é por acaso que os ingleses o chamem de napkin, que também deriva do
Francês nappe mais o sufixo
diminutivo –kin − literalmente,
portanto, uma “toalhinha”.
ALGUMAS DOBRADURAS
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Formato de pirâmide |
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Coroa do Rei |
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Dobradura Diamante |
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Cone |
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Bolsa de Talheres Plissada |
OS GUARDANAPOS NA MINHA MESA
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Duas cores com argola de palha |
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Com argola de passarinho |
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Argola de "soutache" |
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Com uma argola rústica de cipó. |
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Argola indiana |
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No Natal, guirlanda de folhinhas de vidro |
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Um coração de zinco no Dia dos Namorados |
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De novo a argola do passarinho |
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No Natal, para um serviço americano, uma coroa para dar charme! |
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Dobradura simples |
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Aqui os guardanapos viraram jogos americanos. |
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Uma borla dourada e dois tipos de guardanapo |
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Para uma refeição informal, os copos receberam os guardanapos! |
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Guardanapos como base para um enfeite feito de amendoas com açúcar. |
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Flores naturais compondo com uma dobradura |
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Só uma laçada de fita |
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Em formato de coelho para a Páscoa. |
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Sob os pratos. |
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Fazendo parte da decoração praiana |
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Um coração de metal no lugar da argola. |
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Outro coração! |
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Uma flor de seda |
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Dobradura Flor de Liz |
Fotos: minhas, TokStok, Constance Zahn
2 comentários:
Bom dia!
Lindo post com idéias que serão logo seguidas por mim. Bom gosto se traduz nos pequenos grandes detalhes!
Saudaçoes primaveris,
Rosa Virginia
São os detalhes que fazem a grande diferença, não é mesmo????!!!!!
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