quinta-feira, 28 de abril de 2016

QUINTA DE POESIA





Soneto XVIII


Se te comparo a um dia de verão
És por certo mais belo e mais ameno
O vento espalha as folhas pelo chão
E o tempo do verão é bem pequeno.

Às vezes brilha o sol em demasia
Outras vezes desmaia com frieza;
O que é belo declina num só dia,
Na terna mutação da natureza.

Mas em ti o verão será eterno,
E a beleza que tens não perderás;
Nem chegarás da morte ao triste inverno:

Nestas linhas com o tempo crescerás.
E enquanto nesta terra houver um ser,
Meus versos vivos te farão viver.


William Shakespeare

3 comentários:

MT disse...

Adoro! Maravilhoso!

Debora disse...

Lindo! Não conhecia este soneto!

MARIA ARACI disse...

Maria Teresa e Debora: é uma tradução com " licenças poéticas" que não sei quem fez! Mantem a idéia original, mas poesia é difissílimo de traduzir!!!