Mais cadeirinhas da Vera e, como hoje é quinta, poesia sobre elas!
RECADO PARA A MADRINHA
Se hoje não sinto este senso
De deslumbramento,
Só tenho a mim a quem
Responsabilizar
Ao deixar que a vida passe
Sem uma alegria ou sem ver
Um'a alegria para me alegrar
Mas, de novo, tropeço nesta incoerência
Que é ditada por perversa forma de inteligência
Que parece ter sádico prazer em me afogar
E, depois, me ressuscitar...
E o típico exemplo, por exemplo
Foi achar no meio da miséria humana
De um resfriado(eis o culpado!, eis o culpado!)
Os teus desenhos prá me consolar
E, desta maneira, eu esqueci
Nariz, garganta, corpo e cabeça
Quando sentei em cada uma
De todas as tuas cadeiras
E descansei os pés nas banquetinhas
Que pareciam gêmeas
E me ví iluminado nas luzes dos apliques
De lâmpadas de velas de poucas velas
E, me olhando no espelho, peguntei
De quem era tal carteira?
Abri o livro das criações do Cândido
Enquanto comia a maçã, sentado
Na cadeira da copa, usando o prato
Que estava na prateleira
Fazendo companhia ao pote e,
Supresa das surpresas, dentro dele!
Encontrei receitas da Aracy, da Ismênia
E da Maria Babá:
Ovos moles, balas de mel, bolinhos de polvilho,
Pudim Assis Brasil, canoinhas de queijo e "butiás"
(Pote mágico: a última receita escrita
pela própria cozinheira)
E, sem-cerimoniosamente, abri o presente
Pensando que era prá mim: seria?
Wayne, 4/12/13
Paulo Corrêa Meyer
Um comentário:
Adoráveis as cadeirinhas e o poema .
Boa noite,
MT
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