quinta-feira, 2 de outubro de 2014

QUINTA DE POESIA



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PERGUNTAS

Será minha vida assim tão mal iluminada
Que eu não possa ver além da escuridão
Desta meia-noite?
 Por que os ritmos do meu canto parecem
Todos ecoar numa mesma monótona nota
Como este açoite?
 Que bate no meu lombo e me faz arquejar
Na dor aguda da espera da próxima chicotada
O zênite?
 Da minha vida que passa zunindo sua metade
E eu fico, assim, abobalhado com a pergunta
Onde está o enfeite?
 Que não pode ser visto nesta escuridão
Desta mal iluminada noite desta meia-noite
Meio da meia-noite
Zênite do arco
Do próximo açoite?



Paulo Corrêa Meyer
 Wayne, 3/9/14.

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