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PERGUNTAS
Será minha vida assim
tão mal iluminada
Que eu não possa ver
além da escuridão
Desta meia-noite?
Por que os ritmos do meu canto parecem
Todos ecoar numa
mesma monótona nota
Como este açoite?
Que bate no meu lombo e me faz arquejar
Na dor aguda da
espera da próxima chicotada
O zênite?
Da minha vida que passa zunindo sua metade
E eu fico, assim,
abobalhado com a pergunta
Onde está o enfeite?
Que não pode ser visto nesta escuridão
Desta mal iluminada
noite desta meia-noite
Meio da meia-noite
Zênite do arco
Do próximo açoite?
Paulo Corrêa Meyer
Wayne, 3/9/14.
Wayne, 3/9/14.
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