quinta-feira, 5 de outubro de 2017

QUINTA DE POESIA






E UM DIA


O curso de um dia nunca é constante.
As horas põem em teste dor e prazer.
Ao deitar resta-nos só vertigem.
Mas quanto dura um dia?
Tanto quanto o amor, dizem alguns.
Mas o amor cedo nos deixa,
Antes que o amanhã e a morte cheguem.
E por quanto dura o dia a dia?
Uns dizem que para sempre.
Mas a partir de quando?

Nunca antes de quando por primeiro
Os olhos se arregalaram e nem tudo viram -
Nunca depois de quando por último
O tempo foi não mais que um dia,
Um dia de conjecturas:
Por quanto tempo é permitido
Tão pouco feito tanto por clamar?

Laura Riding (Jackson)


                                       
                                        Tradução D. O. d’Avila




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