Sucomágica
Retorno
À casa
materna
Meu
tranquilizante
Instantâneo
Quando penso
Que a
refrega
Em que
Me envolvo
É puro
Sem-sentido
Entro
Às vezes
Pela porta
Da frente
E fico no
hall
De entrada
Recordando
Suas
transformações
Através do
tempo:
Portas
Que foram,
Diferentes
pisos,
As diversas
cores.
É tarde de
verão
Que vai em
meio
E todos
Os ruídos e
Barulhos que
Ouço
São
familiares
Da casa e da
rua
E
a casa
Se
transforma
No universo
Da criança.
Retorno
À casa
materna
Como a tomar
Um valium
Que me distancie
Das
besteiras
Ritualísticas
Da
existência
Adulta
E que me
leve
Ao nível
Menos sutil
Das
preocupações
Menores
Cujas
respostas
Estavam
certas
Numa gaveta
Da próxima
sala,
Embaixo do
tapete
Do quarto,
Entre as
gotas
Do chuveiro
Nos cheiros
Que vinham
Da cozinha
No som
Das cigarras
Do parreiral
Pesado de
uvas
De muitas
cores
Que
Se
transformavam
No suco
púrpura
Através
Da mágica
Duma mulher
Chamada
Tiloca.
Paulo Corrêa
Meyer
2 comentários:
Smart choice of image, Little Sister!
Gostei
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