quinta-feira, 18 de agosto de 2011

QUINTA DE POESIA


DOLORES


Os sons da noite
Da minha solidão
São os que partem cegos
De onde estão
E atravessam surdos
Este coração
E se espatifam todos
Contra a escuridão
Se tornando claros
Em sua imitação
De passos, de choro de criança,
Latidos de um cão
E se tento dormir
Me gritam ao ouvido
Pela atenção
Dessa pobre alma
Que perdeu a calma
Em tal agitação.


Os sons da noite
Desta solidão
Não são tão diferentes
Se me lembro bem
Daqueles que ouvia
Quando bem dormia
Na noite do meu bem.


Paulo Corrêa Meyer

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