MEMÓRIA DO
INOCENTE AMOR
A primeira vez que toquei tua mão
Ah, como eu queria! e te mostrar
Com meus dedos toda a afeição que eu tinha
Ou, seria amor o que o coração sentia?
E fiquei sem saber pois que ele inda dormia...
Mas foi quando o teu olhar chegou ao meu
Que eu me soube perdido no meio daquele dia
E, depois, foi encontrar em vigília o sonho
Do teu rosto, teus cabelos, tua blusa vermelha
Teus olhos verdes, tua boca e admirável centelha
Do teu sorriso e o mover da tua saia plissada
A cor da fita da cabeça a combinar com tudo
O que eu pensava ser um dom de feminino senso
Que nós, desorientados machos, jamais compreenderíamos
Foi um tempo de diurno e noturno encanto
Que, na distância de agora, mal quero relembrar
Quando me disseste, sem qualquer rodeio
Que meu secreto mas dolorosamente óbvio amor
Não devia ser parte daquele esperançoso anseio
Pois não era por ti nem um pouco retornado
Guardo cara a memória dum sentimento sem rancor
Apesar da certeza de ter sentido o coração
Dilacerado, assim, pela primeira vez.
A primeira vez que toquei tua mão
Ah, como eu queria! e te mostrar
Com meus dedos toda a afeição que eu tinha
Ou, seria amor o que o coração sentia?
E fiquei sem saber pois que ele inda dormia...
Mas foi quando o teu olhar chegou ao meu
Que eu me soube perdido no meio daquele dia
E, depois, foi encontrar em vigília o sonho
Do teu rosto, teus cabelos, tua blusa vermelha
Teus olhos verdes, tua boca e admirável centelha
Do teu sorriso e o mover da tua saia plissada
A cor da fita da cabeça a combinar com tudo
O que eu pensava ser um dom de feminino senso
Que nós, desorientados machos, jamais compreenderíamos
Foi um tempo de diurno e noturno encanto
Que, na distância de agora, mal quero relembrar
Quando me disseste, sem qualquer rodeio
Que meu secreto mas dolorosamente óbvio amor
Não devia ser parte daquele esperançoso anseio
Pois não era por ti nem um pouco retornado
Guardo cara a memória dum sentimento sem rancor
Apesar da certeza de ter sentido o coração
Dilacerado, assim, pela primeira vez.
Paulo Corrêa Meyer
2008
Imagem: browndresswithwhitedots
Um comentário:
Teria visto esta bela foto someplace else, Maninha?
Continua bonita e intrigante.
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