OLHOS
VERDES
Olhos verdes como a esmeralda
Que garimpeiro algum encontrou
Beleza rara que de súbito brotou
Entre pedras desta imensa falda
O fulgor que deles sempre emana
É resplendente e fugidio alento
Que o peito acabrunhado torna lento
Como se o minuto fosse semana
Janelas que se abrem sobre a alma
Este jardim interno e inacessível
Que se permite admirar em calma
A percebe-lhe a graça imperecível
Olhos verdes de imensurável luz
Tornam qualquer vida mais brilhante
Mas podem ao incauto tornar cruz
Se ansiar à centelha que tem diante
D. O. d’Avila
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