Não é a primeira vez que um prédio histórico abriga uma mostra de arte contemporânea. Mas esta mostra do artista chinês Ai Weiwei, que vai até 14 de Dezembro próximo, é das mais ambiciosas e fantásticas, expondo toda uma arte contestadora e irreverente no local de nascimento de Winston Churchil, o Palácio de Blenheim, cenário de coisas clássicas e conservadoras. Mesmo assim as 50 obras do artista, muitas feitas especialmente para esta mostra, as vezes se mesclam tão harmoniosamente no seu entorno como outras que chocam os visitantes por seu conteúdo altamente anárquico. O artista por estar em prisão domiciliar na China não pode comparecer a montagem da exposição, mas tudo foi feito à distância com o uso das novas tecnologias. Através de suas obras o artista parece algumas vezes repudiar os valores que o palácio representa e noutras parece exalt
ar suas belezas. Ele levanta perguntas e faz provocações mas nunca fornece as respostas!
Prá legendas em português clique no retângulo ao lado relóginho.
O Palácio e as "Bubbles" (2008) o refletindo.
Logo ao entrar no palácio um colossal lustre, com mais de 5 metros, pende do teto barroco do Grand Hall, parecendo pertencer sempre a este lugar. É uma crítica do artista ao consumismo da classe alta na China.
O "North Corridor"
Um tapete, "Soft Ground" de pelúcia que reproduz marcas de pneus enlameados só chama a atenção dos visitantes se são avisados de sua existência.
"Owl House" (2010)
"Slanted Table" (1997)
Vasos da dinastia Han com o logo da Coca-Cola no Grand Hall.
"The Chapel Cube" (2009)
"Circulo dos Animais do Zodíaco"em ouro convivem na sala de jantar com vasos e pratos do século XVIII da coleção do palácio.
"Divina Proportione" (2006). O artista reproduziu em grande escala um brinquedo que comprou para um de seus gatos.
Da série "Study of Perspective", 40 fotos do artista fazendo um gesto obsceno em frente de vários símbolos do poder pelo mundo afora, ocupam a frente das estantes da Biblioteca , estantes estas que abrigam 10000 tomos antigos. Esta instalação gerou protesto de alguns
Algemas da preciosa madeira "huali"sobre a cama onde nasceu Winston Churchil
No "Boulle Room" 250kg. de pérolas de água doce em uma gigante tigela de arroz.
No "First State Room"um mapa da China feito com a madeira de demolição dos templos de Qing.
"Marble Chair" (2008)
5 vasos da Dinastia Han pintados com tinta automotiva circundados pela coleção de porcelanas do pálacio. A tinta os protegeu e ao mesmo tempo os destruiu.
"Grapes"(2011)
"Small Plate with Flowers" (2014) um conjunto de pratos que aparecem naturalmente na Sala de Porcelanas.
Uma câmara de mármore vigia os ambientes.
No "Red Drawing Room" 2300 caranguejos de porcelana pintados à mão. A palavra caranguejo de água doce em chinês soa quase como a palavra harmonia, slogan do governo chinês! O número de caranguejos é o mesmo número de convidados de Ai Weiwei na festa dada por ele antes que o governo destruísse seu estúdio em Shangai.
"Pillar"(2007)
Ai Weiwei
Fotos e dados: The Economist, Cellophaneland, site do Blenheim Palace.
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