ODE ÀS TEMPESTADES DA
MEMÓRIA
Há sempre uma
tempestade vindo
Sons do rádio ou da
televisão
Da outra sala,
palavras ininteligíveis
Mas supostamente
coerentes
Além do alcance da
tua audição
Que se tornam
murmúrios
Não como aqueles que
escutas
Ao pé do ouvido
Quase
incompreensíveis também
Não fosse o contexto
A proximidade física
do foi dito
Não só no tempo como
no espaço
Sentimento antagônico
À estas tempestades
do subconsciente
Que querem te falar
mas chegam
A ouvidos feitos
moucos por necessidade
Esta mesma que meu
pai dizia
Ser de caráter
essencial
A de esquecer o que
for possível
Porque é impossível o
esquecer.
Paulo Corrêa Meyer
Wayne, 19/7/2016.
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